quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Ainda lembro de quando o medo era só uma sombra na parede.¹

E fugaz era a noite. Sórdido os dias.
Solitários como o de uma estrela.
Mas isso não é o pior. Estar só não é o pior.
O pior é você brilhar, ser visto por muitos,
e todos acharem que ainda estás vivo.

Engano. O brilho da morte é sombrio.
Quando ela chega, ninguém pode dizer.
Nunca, num vai-e-vem insensato,
poderias achar que ela chegarias.
Mas chegou.

O desfecho é incerto.
O suspense é desesperador.
Maldito seja o dia. Maldita seja a hora.
Maldita é a amizade que te leva a dor.
Sofro por estar só... E morto.



¹ http://prepsicopata.blogspot.com/2010/02/wolf-at-door.html

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Distância

A dor é seca. Volto e não beatifico o dia, sem luz, quero seguir por onde nem sei, mas longe de tudo.
Não vejo, ou não há algo para ver?
 Encosto-me na cama e, agonizo tal qual em meu leito de morte.

Fujo de encontro ao nada e sinto-me protegido dos algozes e das dores.
Perco o sonho, voltam às agruras! Mortifico! 
A loucura do ato de viver.

Existência é uma ferida, ao cicatrizar, expiramos...