sábado, 26 de setembro de 2009

Dois

Não voltarei a teu ventre e, de ti,
ser prisioneiro...
Há dias que desejo, por conta própria,
que sejas meu carrasco

Sofrendo no intuito de ser enlaçado,
aos teus umbrais da vida,
ao cair da noite vil...

Confabulo pelos cantos quando te vejo 
não tendo peito para dizer-te mais nada, 
o que resta então, a dois ex-amantes?

Apenas o meu coração ferido,
tentando conviver contigo, sem perdão...

Tenuidade

Coisas simples, vãs,
passam e deterioram-se
e nada mais sobra,
somente cactos...

Apenas marcas e sujeiras
empilhando-se pelos cantos,
nada mais...

Fogo, ar, água e sangue...
Amor, sexo, vida e traição...
Fatos simples, triviais